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17-11-2005

Meio século a servir a comunidade


Oiã

A Comissão de Melhoramentos de Oiã (CMO) que muito tem contribuído para o desenvolvimento da vila. a nível de equipamentos e ultimamente a nível cultural, vai festejar meio século de vida no próximo dia 26.

Oportuno seria ouvir o presidente da direcção, António Ramísio da Maia, para fazer o ponto da situação e ele aqui fica nesta estrevista em que o dirigente fala do passado, do presente do futuro, onde ainda coloca um sonho grande: a construção da prometida piscina e polidesportivo coberto.

“Nobre vonbtade de servir”

- O que significa uma associação comemorar meio século de existência, com altos e baixos no seu percurso?

- Pode ser muito relativo, dependendo de quem analise o facto: da sua sensibilidade, conceitos e forma de se relacionar em sociedade; no entanto, neste caso, a longevidade parece-me ter a ver, por um lado, com a importância social dos serviços prestados, e por outro, com as metas que vai traçando e sentindo que são úteis. Quanto aos altos e baixos, eu prefiro sustentar que os baixos não existiram, mas, sim, períodos não activos no seu percurso; penso que mesmo nas acções ou intervenções que, eventualmente, não tenham atingido o sucesso desejado, elas terão tido sempre como base a nobre vontade de servir.

- Têm hoje as pessoas ideia do que representou para Oiã a Comissão de Melhoramentos, em termos de motor de desenvolvimento?

- Acho que não. As gerações mais recentes, tal como os novos moradores, não terão por certo o conhecimento dessa importância, nem da história de serviços prestados à sua terra e às gentes que nela habitam. Penso, no entanto, que a grande maioria dos habitantes mais antigos conhece as referências que ficaram como marcas do passado da Comissão de Melhoramentos, e que muito nos orgulha.

- Qual a adesão (sócios) por parte da população?

- Não tem havido adesão de novos sócios, isto por nossa responsabilidade, o que não significa falta de adesão às nossas iniciativas, porque essa tem estado em crescendo e sempre acompanhada de enorme entusiasmo.

CAIXA

Construção espontânea e desordenada

- Como vê o presidente da CMO o desenvolvimento da vila de Oiã?

- É uma questão onde se concentram as nossas maiores preocupações. Tendo sido Oiã elevada a vila, dado o seu óptimo posicionamento geográfico e rede viária pela qual é servida, torna-se um lugar privilegiado para morar e investir, o que é óptimo, pois, deste modo, vai captando habitantes e aumentando o número de construções. Porém, tudo isto, só por si, não significa em meu entender, evolução. É necessário que a este fenómeno corresponda tratamento adequado para que o crescimento possa acontecer de forma sustentada.

A Comissão de Melhoramentos tem-se batido fortemente pela criação de planos de pormenor e alinhamento. Existem já alguns, mas pensamos que terão sido feitos mais para nos calar. Digo isto, porque, sendo feitos e aprovados em primeira instância, apenas existem no papel quase sem dar sinais de vida no terreno. Os planos de pormenor começam quase sempre a dar os seus sinais fora do papel com a abertura e infra-estruturas colocadas a um arruamento que lhe seja estruturante. É necessário que a própria Câmara dê o motor relativamente a isso. Ao contrário, continua a assistir-se à construção espontânea e desordenada.

A imagem da vila tem vindo a degradar-se de ano para ano, em meu entender, por ausência de planeamento. Penso e desejo que este tempo de mudança governativa na autarquia venha a marcar o ponto de viragem para uma filosofia de gestão que, baseada no planeamento, ordenamento e limpeza, estimule os empreendedores e lhes transmita o sentimento de que vale a pena construir, mas de forma sustentada. É moroso este processo, mas só assim caminharemos para um futuro mais harmonioso.

- Que vai dizer à nova câmara sobre o parque de estacionamento do Cruzeiro e falta de obras da anunciada praça?

- Que é necessário encontrar, com a maior urgência, uma solução para este caso. Acho-o prioritário e talvez merecedor de uma análise mais profunda que possa desbloquear e melhorar todo processo. Ou, então, que se encontre uma solução provisória que, enquanto se justificar, devolva dignidade ao local.

Promessas, sempre; mas todos os anos adiadas

- Noutros tempos, a Comissão estava vocacionada para trazer ou implantar em Oiã equipamentos, hoje, está mais vocacionada para a cultura. Porquê esta mudança de rumo?

- Os tempos são outros e as mentalidades também. Hoje, a Comissão de melhoramentos não pode, nem tem como substituir-se à autarquia no que concerne à concretização de equipamentos. Pode, isso sim e é o que tem feito, manter uma contínua e forte pressão para que as coisas aconteçam. E mesmo assim elas vêm timidamente ou não acontecem. Veja-se o caso da piscina e pavilhão como exemplo, e que tanta falta continuam a fazer! Promessas, sempre; mas todos os anos adiadas. Temos ideias e pretensões, mas por agora e porque temos nova administração local, estaremos atentos e disponíveis para, dentro da nossa margem de acção, ajudar a viabilizar tudo o que possa resultar em favor de Oiã. Não se trata, portanto, de mudança de rumo, mas de adaptação à realidade actual.

A cultura, entendemo-la como a resultante de trabalho paulatinamente realizado na área da formação e edução. Não dá resultados imediatos, como erradamente muitas vezes se pretende ou acha conveniente. Pensamos que é necessário ser perseverante e ter paciência, se quisermos ter no futuro uma sociedade mais culta e qualitativamente elevada. Daí a nossa aposta nos jovens e crianças: aqueles que irão marcar o futuro com a sua preparação de hoje.

Ballet: resultados surpreendentes

- Qual é a valência que tem mais adesão?

- Até agora, tem sido o ballet. Talvez por ser uma valência menos comum fora dos grandes meios urbanos. É um tanto selectiva e um pouco dispendiosa, mas apresenta resultados surpreendentes ao nível de educação / expressão corporal e intelectual.

- Como vamos de dança e ballet?

- Muito bem. Ainda que neste ano a actividade de dança se resuma ao ballet, é notória a evolução das crianças e o seu entusiasmo.

- A parceria com a Banda Marcial tem resultado? Nestes anos todos, depois do protocolo, quantos alunos ingressaram na Banda?

- O protocolo, assinado com a Banda Marcial de Fermentelos, tem cerca de três anos, e tem funcionado bem. Os resultados podem considerar-se satisfatórios: estão oito crianças, saídas da nossa escola, a iniciar a sua carreira na banda, com instrumento. Entendemos isto como uma pequena vitória; o mérito é naturalmente deles, mas nós também somos tocados com um pouco de orgulho. É estimulante!

- De onde são originários?

- São, na sua maioria, originários da Vila, mas também doutros lugares da freguesia.

- Aquando do protocolo, chegou a ventilar-se a ideia da escola de música ser o embrião da criação de uma banda na freguesia. A ideia mantém-se, viva ou não dá para avançar?

- É legítimo sonhar! Porém, para que os sonhos se concretizem, e necessário, antes de mais, acordar; depois, trabalhar, tendo o sonhado por objectivo. Não escapamos a esta regra e, por enquanto, o nosso sonho fica pelo estímulo e ajuda à formação de músicos. Se isto acontecer em quantidade e com a qualidade que desejamos, coisas bonitas virão a acontecer, a seu tempo.

- Para além da vertente cultural, que tem feito a Comissão por Oiã?

- Embora o trabalho mais visível seja o da vertente cultural, através da Oficina D’artes, a Comissão de Melhoramentos tem tido muitas outras acções de entre as quais podemos citar algumas mais recentes: (últimos dez anos) intervenção/participação no aumento de área, inicialmente prevista para a unidade de saúde; aquisição de parcela de terreno e sua doação à A.D. Oiã, participação, com a Câmara Municipal, na construção do polidesportivo da mesma associação; algumas acções de limpeza à vila de parceria com a junta; colocação de algumas papeleiras (as disponibilizadas pela Câmara); assim como as permanentes diligências junto da autarquia no sentido de manifestar as necessidades mais prementes da terra, que a vários níveis se fazem sentir.

- O espaço ocupado no antigo colégio de Oiã revelou-se pequeno. Teve a direcção que recorrer às velhas escolas primárias. Está o assunto resolvido ou é solução temporária?

- É verdade! O espaço em questão revelou-se pequeno, o que é bom sinal, mas serviu os primeiros passos dum projecto que pode ir bem longe, assim os Oianenses o queiram! Quanto ao pedido que formulámos à Câmara, ele visava suprimir as referidas carências de espaço e encontrar condições que permitissem o avanço e melhoria das actividades que se exercem de momento. A resposta da Câmara Municipal foi positiva, carecendo, no entanto, do estabelecimento e assinatura de um protocolo. Entretanto, e com as eleições, ainda não nos foi possível retomar o assunto com o novo executivo.

Necessidades e sonhos

- Que mais necessita a Comissão de Melhoramentos?

- Além dos recursos materiais que gostaríamos de ter para fazer face a algumas situações que julgamos de grande necessidade e se enquadram no âmbito dos nossos estatutos, necessitamos, e isto é muito importante, do estímulo e atenção por parte da Câmara e da Junta, assim como da sua percepção quanto às potencialidades que representamos e podem reforçar a procura do bem comum. Também o entusiasmo, a participação e o interesse dos conterrâneos pelas causas ou projectos que temos em mãos, são de crucial importância para o sucesso daquilo a que nos propomos.

Vamos ter eleições em Janeiro para os corpos directivos. Como seria bom depararmo-nos com uma assembleia muito participada, pronta a servir e a melhorar as causas que agora defendemos! Apelo daqui ao valor que existe nas gerações mais novas. A causa pública precisa delas, e é necessário e saudável a rotatividade dos corpos directivos. Ela dinamiza e permite a renovação, com ideias e valores novos.

- Que apoios das autarquias: câmara e junta de freguesia?

- Para eles: os possíveis. Para nós: insuficientes.

- Quais os grandes objectivos, constantes do próximo plano de actividades, para 2006?

- Trabalhar na procura de melhorar os projectos que temos em mãos: valorizar a Oficina D’artes, e manter a nossa disponibilidade para colaborar com a Junta e Câmara Municipal dentro do que nos é possível, para que, entre outros, que a seu tempo se entendam por benéficos, possa finalmente vir para Oiã a tão prometida piscina e polidesportivo coberto.

Dia grande

- Quais os pontos altos das comemorações para além do natural almoço ou jantar?

- Trata-se dum evento que, pelos cinquenta anos da instituição, se reveste de grande simbolismo. É assim nossa pretensão dar-lhe a devida dignidade em todos os actos que o possam integrar sem atender a que algum deles possa ser mais ou menos relevante que os outros. No entanto, quero, em nome da direcção, convidar a população de Oiã em geral para a participação do evento, no seu todo, e lembrar que a confirmação para o jantar deverá ser feita atempadamente, junto da Papelaria Globo.


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